12 de abr. de 2016

Viagem para Bélgica e a experiência de sair da zona de conforto.



Estou para falar sobre minha viagem e a experiência maravilhosa que foi sair da minha zona de conforto desde que voltei, mas agora vai.


[ para embalar a leitura :) ]

Estava dando aula de inglês há 3anos e 4meses quando apareceu uma oportunidade na minha área e um dos requisitos era disponibilidade para viajar, fiquei receosa, mas aceitei e acertei na decisão.
Sair da zona de conforto sempre foi um problema, que agora não é mais, pois uma vez que você sai é difícil voltar, mudanças são boas, mas sempre dão um friozinho na barriga, mas é exatamente esse friozinho que nos impulsiona e nos faz arriscar, nunca abra mão dele.
Com 18 dias na empresa fui fazer um treinamento de 3 semanas na Bélgica.
 O tempo era curto mas queríamos visitar o máximo de lugares que podíamos, nos finais de semana, porque durante a semana trabalhávamos.Cada final de semana íamos a um lugar diferente, éramos day-trippers (termo usado para pessoas que visitam um destino turístico e voltam no mesmo dia) o famoso bate-e-volta.
O que mais me encantou nas cidades que visitei, foi o charme dos velhos tempos, catedrais, construções medievais e a modernidade de hoje, tudo em perfeita harmonia, os bondes ainda funcionam e convivem com carros, ônibus, trens e bicicletas (muitas).
E um fato curioso me chamou atenção nas cidades que visitei: não há animais abandonados! Durante as três semanas que fiquei na Europa eu não vi sequer um cachorro de rua, nem gato nem nada. Os cachorros que via estavam sempre de coleira e podiam entrar em qualquer lugar com seus donos, eles tem livre acesso a todos os lugares. Outro fato curioso é que as pessoas vão de bicicleta para todos os lugares, e tem muitas delas, muitas mesmo, com direito a grandes estacionamentos, ciclovias muito bem sinalizadas em todos os lugares e a vagão especial no trem .
Turnhout foi a cidade em que ficamos, província de Antuérpia, região da Flandres. Tudo lá é em holandês, placas, sinalizações, propagandas, avisos, menus, letreiros… nada (mesmo) em inglês, o que dificultava um pouco, mas com o passar dos dias, de tanto ver e ouvir, acabamos aprendendo algumas coisas e as pessoas lá são muito receptivas e todos falam inglês (lá é obrigação falar inglês, francês e alemão).
É uma cidade bem pequena, se não me engano tem 55mil habitantes, mas tem muito mais estrutura que a cidade que moro que tem quase 300mil habitantes. Andando pela cidade parece que você está fazendo uma viagem no tempo, há mais bicicletas que carros, daquelas antigas; os carros não são dos mais modernos e muitos andam de lambreta. Um fato curioso é que tudo fecha ás 18h e as ruas ficam sem movimento nenhum e em absoluto silêncio, o que era bem estranho, pois estávamos no centro da cidade; os bares ficavam abertos até no máximo 1h da manhã (no Pub que íamos, as vezes nos finais de semana ficavam até as 2h).
Tem alguns pontos turísticos sugeridos no site oficial (8 no total), mas vou citar os lugares que achei interessante e recomendo, que são: Kasteel van de hertogen van Brabant, edifício da Câmara Municipal (antigo palácio dos duques de Brabante), onde aos domingos tem o Flea Market nas ruas laterais do edifício; Nationaal Museus Van de Speelkaart (Museu Nacional de Jogos de Cartas, que não visitei mas a cidade é famosa por isso); Utopolis, o cinema da cidade, o que na verdade me surpreendeu porque é bem grande, no térreo ficam a bilheteria e a praça de alimentação, no primeiro andar ficam as salas, toda segunda-feira tem uma promoção onde o ingresso para qualquer filme custa 6euros; De Warande, onde tem exposições, peças, shows e eles intitulam de Temple of Culture; Saint Peter’s Church, igreja de São Pedro, o exterior é extremamente simples mas o interior é cheio de detalhes, a obra-mestra é o púlpito feito em 1862. A igreja fica aberta até as 16h30 durante os dias da semana, desde que cheguei queria entrar lá para conhecer mas as portas estavam sempre fechadas, até que na segunda semana vi gente saindo de lá e resolvi ir ver, a entrada, assim como todas as outras igrejas das outras cidades que visitei, fica nas portas menores, ao lado da entrada principal, que está sempre fechada. E o último mas não menos importante lugar que recomendo em Turnhout fica no Grote Markt, o centro da cidade, onde ficam a maioria das lojas e bares, onde você pode ver belgas e sua mania de virar a cadeira para rua com seus cachorros no colo (sim, lá o pessoal leva cachorro para o bar), é um Pub Irlandês, o Celtic Legends, onde a música é boa, ambiente legal e atendimento de primeira, com 5 euros você joga na disputada mesa de bilhar (1 euro) e toma duas cervejas, super válido.
A cidade em si é encantadora, as pessoas são receptivas e o clima em setembro é bem agradável, frio mas com sol durante o dia todo.
Como sempre, falei demais, e o texto acabou ficando meio grande, no próximo post eu falo sobre as outras cidades que visitei.