19 de jan. de 2012

album review: Little Hell

    
   Dallas Green é facilmente um dos músicos mais sofisticados e genias na cena hoje. Ele não mudou muita coisa, apenas evoluiu e acrescentou algo, ele está musicalmente mais criativo do que nunca, com esse album sentimos o ouvido mais cheio, mais completo, todos os instrumentos funcionam numa perfeita harmonia, como se todos fossem tocados por Dallas ou fizessem parte dele.. mas está tudo lá, o “diálogo com o ouvinte”, a guitarra que acompanha sua voz melodiosa de forma perfeita, os sons figurativos que nos levam a cenários particulares (sim, porque as músicas do Dallas tem esse poder, de nos levar para longe, para o passado, para onde queriamos estar…) e é claro, as letras de uma sinceridade unica que com a voz de Dallas mergulham fundo e vão dentro da alma de cada um fazendo-nos arrepiar (coisa que sempre me fez adimirar ele, sua capacidade unica de dar melodia, ritmo e harmonia a seus sentimentos).
  Ele ainda canta e escreve como se ele não tivesse tanta certeza assim porque todo mundo acha que ele é demais, mas Little Hell não faz nada exceto afirmar que Dallas só se torna mais impressionante com o tempo.
  Embora a capa seja repleta de cores é na escuridão e lamentos dolorosos que Dallas se esconde, destilando faixas intimistas que devem agravar a situação de alguns corações solitários e servirá de trilha sonora para os mais variados “pequenos infernos”. Diferente de seus trabalhos anteriores Little Hell tem um instrumental variado. Este álbum é uma daquelas perolas de um dos melhores artistas dos últimos tempos. Ele chegou ao ponto em que ele pode cantar uma bela melodia simples e fazê-lo soar como o céu só por ser dele.
  Eu gostei de todas a músicas do album, vindo do Dallas é impossível não gostar, mas gostei bastante de “The Grand Optimist”, onde ele refere-se ao pai como sendo o grande optimista e ele próprio como sendo o grande pessimista, num contraste real. Nesta faixa fica em evidencia de como é a música de Dallas, simples, pessoal e tocante.
  Little Hell é uma música comovente, cheia de metáforas sobre a vida, sobre Dallas, eu gostei bastante.
  'O'Sister', ele canta abertamente e emocionalmente a doença mental de sua irmã em seu desempenho com uma composição mais fantástica ainda ("O que os demônios feito? É a fantasmas sussurrando que você mais teme?"). Sua performance vocal angustiante em nessa música é o suficiente para afetar qualquer ouvinte, e muito menos importa a música tema. No entanto, como eu disse, este é um homem que atesta a não entender o que torna seu trabalho tão cativante. Eu sinceramente espero que ele ouça Little Hell várias vezes e apenas se sinta orgulhoso dele. É de longe o melhor trabalho que ele colocou para fora de sua vida e uma das coisas mais envolventes que saiu no ano de 2011.
  Bom, gostei do album inteiro, Dallas com sua sua voz e sua musicalidade unica sempre me encantam. 
  Em 2008, Bring Me Your Love foi um lançamento suave, ambiente e, finalmente, pungente, perfeito para uma noite de outono ou noite fria de inverno. Agora, três anos depois, Little Hell é um passeio escuro durante a noite. Explorando os pequenos infernos que todos nós enfrentamos todos os dias, um passeio solitário, uma fuga.

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